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Dados da Via São Paulo > São Bento do Sapucaí > Pedra do Baú > Chaminé dos Coroas

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Alê Silva em trecho de chaminé da 3ª enfiada - mal protegido devido ao péssimo estado das proteções. Foto: Marco Nalon
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Pedra entalada é um dos trechos mais técnicos protegidos, por 3 cantoneiras e possibilidade do uso de alguns móveis. Foto: Alê Silva.
Chaminé dos Coroas Imprimir informações da via
5º Vsup D2 E3
Cadastrada por: Luciano Bender, em 09-06-2019 às 20:06
Modalidade: tradicional
Tipo de via: principal
Face: sudoeste
Tipo de escalada predominante: chaminé
Extensão: 150 metros
Descrição: A Chaminé dos Coroas foi a primeira via de escalada do Baú, conquistada em 1940 pelos irmãos Cortez (há divergências quanto à autoria da via), e repeti-la além da aventura, significa seguir o caminho utilizado para chegar pela primeira vez ao cume deste monólito.

Pra quem vê o Baú da Ana Chata, a chaminé destaca-se claramente, cortando quase toda a extensão da pedra em diagonal, seguindo uma linha bem natural de vegetação, fenda, blocos encaixados, chaminé e mais mato próximo ao cume.

Abaixo, relato de Alê Silva, feito em 02/05/2013, sobre repetição da via junto com Marco Nalon:

1º Enfiada (Vara-Mato)
Como o fluxo na via é baixíssimo, para não dizer nenhum, não há uma trilha evidente que leve à base da chaminé. Uma vez voltando da Ana Chata para o Baú, no momento que percebe-se que a trilha começará a contornar pela direita da pedra é hora de sair a esquerda e seguir sempre pelo topo da crista. Poucos metros a frente você começará a beirar uma grande parede rochosa a direita, seguindo por uma longa rampa de vegetação até a base da chaminé propriamente dita. Vamos considerar esse trecho como a “primeira enfiada” da via, uma digna “escalaminhada” de vara-mato.
A grande surpresa. A chaminé por si só é um cano de esgoto de todo sedimento, vegetação e água de chuva que vem lá de cima. Até aí tudo bem, estávamos preparados pro pior, mas o que não contávamos é com o tapete de dejetos dos milhares de pássaros que usam a chaminé como abrigo todas as noites. Sem exageros, essa foi a pior parte, o cheiro é realmente terrível!

2º Enfiada (Pedra Entalada)
Aclimatado com o “ar-rarefeito”, comecei a segunda enfiada, ou primeira efetivamente com a corda. A via estava bem molhada, com muito musgo, sujeira e ainda um pouco de água escorrendo pela parede, portanto fiz um artificial nas 3 cantoneiras velhas que estão lá, mais um camalot #1 muito bem colocado para auxiliar na progressão. O trecho não é difícil, muito provavelmente um 5 º em condições ideais (limpo e seco).
Depois deste ponto acessa-se um platô, de onde achei melhor parar para não criar muito atrito na corda e puxei o Marco pra cima. Não há proteções neste platô, mas dei segurança confortavelmente “entalado” atrás de uma pedra.

3º Enfiada (Chaminé)
Aqui começa realmente aquele entalamento típico de corpo, onde usa-se mãos, pés, joelhos, cox, e tudo o mais que se faz necessário para manter-se preso as paredes sujas e húmidas da chaminé. A primeira proteção está a uns 7 metros do chão, o que num primeiro momento parece um pouco distante, mas com jeitinho você chega lá e nada como aquele alívio de clipar a corda em alguma coisa!
Deste ponto em diante, eu optei por deixar o entalamento de lado e escalar de face, na parede positiva da esquerda. Dada a sujeira da via, esse trecho foi bem adrenante, praticamente sem proteções por mais uns 10 metros. Você verá diversos spits com cerca de 1 a 2 cm pra fora da rocha mas sem chapeleta. Não sei se foram tirados, roubados ou caíram, mas de fato não há proteção por vários metros. Se você não está com o psicológico em dia, é certeza uma boa adrenada!
Mais acima consegui proteger numa pequena fenda com dois Camalots #0,5 e #0,75 e mais alguns metros depois uma excelente colocação de um Camalot #2, para depois dominar mais um grande bloco e chegar a uma sólida árvore de onde consegue-se montar a base para chamar o segundo.

4º Enfiada (Vara-Mato e Escadinhas)
Depois de um rápido trecho de vara-mato, vc terá acesso as escadas de ferro bem antigas que levam ao cume. Mas antes passará por uma gruta onde encontra-se um pequeno altar e uma santinha.

Conclusão.
A Chaminé do Coroas é uma escalada de aventura, muito mais ralação e empenho do que movimentos atléticos de escalada, mas quem sem dúvida vale muito pela experiência.
A via que está sob responsabilidade do CAP – Clube Alpino Paulista, já tem sua regrampeação programada ainda para esta temporada, o que sem dúvida a deixará muito mais segura e factível para os entusiastas de vias clássicas.
Fonte: https://casadepedraescalada.wordpress.com/2013/05/02/chamine-dos-coroas/#jp-carousel-1268
Equipamento mínimo necessário:
  • 10 costuras longas
  • Camalots #0,5 ao #2
Data da conquista: 1940
Conquistadores (em ordem alfabética):
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